segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Adiar

Será que é preguiça, falta de vontade ou mesmo falta de tempo?
O que é certo é que, hoje em dia, estamos sempre a adiar tudo!
A palavra mais ouvida é “hoje não porque…” ou “agora não que…”, tal como diz a música “Movimento Perpétuo Associativo” dos Deolinda (em baixo), onde assinalei a parte positiva a verde e a outra a vermelho:

Agora sim, damos a volta a isto!
Agora sim, há pernas para andar!
Agora sim, eu sinto o optimismo!
Vamos em frente, ninguém nos vais parar!

Agora não, que é hora do almoço...
Agora não, que é hora do jantar...
Agora não, que eu acho que não posso...
Amanhã vou trabalhar...

Agora sim, temos a força toda!
Agora sim, há fé neste querer!
Agora sim, só vejo gente boa!
Vamos em frente e havemos de vencer!

Agora não, que me dói a barriga...
Agora não, dizem que vai chover...
Agora não, que joga o Benfica...
e eu tenho mais que fazer...

Agora sim, cantamos com vontade!
Agora sim, eu sinto a união!
Agora sim, já ouço a liberdade!
Vamos em frente, é esta a direcção!

Agora não, que falta um impresso...
Agora não, que o meu pai não quer...
Agora não, que há engarrafamentos...
Vão sem mim, que eu vou lá ter...

Na verdade, apesar do pouco tempo que temos disponível (que não estamos a trabalhar, entre outras obrigações/necessidades), acomodamo-nos e não há grande iniciativa para nada…e se há algum pioneiro, pode até ser criticado por sê-lo…
Hoje em dia, parece que as pessoas só se juntam para funerais, casamentos, Natal, despedidas, aniversários e pouco mais…e o dia de hoje é diferente porquê? Porque não é uma grande festa? Porque não é um dia especial que está destacado no calendário?
Parece-me que temos que começar a valorizar mais o “hoje”, o “aqui e agora”, o que temos e quem temos ao nosso lado…

1 comentário:

Anónimo disse...

“Hoje, Aqui e Agora” são antídotos de um constante “Talvez”... Eu não quero e não vou deixar de existir, e isso implica lutar contra o tempo mal gasto!...

Conta comigo para fintarmos nas nossas vidas o tempo que corre atrás de nós. Quando valer a pena, eu não quero ter pressa de chegar a nenhum lado...